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quarta-feira, 28 de março de 2018

Paixão Noturna

Estes olhos se abrem a noite
Dentro do caixão a tanto protegido
Que meu corpo atravessa com pressa
Para ser curado com o sangue vivo

Na primavera o despertar é eminente
No verão não há nenhuma negligência
No outono me encontro frente a frente
No inverno brinco com a desobediência

Meu corpo estremece frente ao céu
Curvo-me e distorço a tampa do caixão
O meu peito ainda sente pulsar
Uma pálida batida do meu coração

O segredo que guardo não posso contar
A esperança de viver está omitida
O amanhecer encerra o caminho da glória
E estremece o céu na caça interrompida

E antes de fechar a tampa do caixão
A batida do meu coração está cravada
O meu peito confuso ainda sente
A falta que faz a minha namorada

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